Spectrum Special 2024 - Não Leve a Mal, por PLUMA
Estreia do quarteto é o último destaque nacional de série de textos; leia e ouça
Uma estreia cativante - a banda surgiu através de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Destaque no cenário musical brasileiro, a PLUMA vem da Belas Artes para o seu fone de ouvido, chegando e mostrando que veio para ficar.
Em entrevista para o Hits Perdidos, o tecladista Diego Vargas detalhou:
“Nesse projeto de TCC, tínhamos que escolher alguns gêneros musicais, fazer um estudo sobre a história e estética deles, e por fim, montar um show audiovisual coeso com composições inéditas que incorporassem elementos desses estudos. O processo não poderia ter sido melhor. Desde a primeira vez que nos reunimos para começar as primeiras músicas, sentimos uma facilidade muito grande para tocar juntos.”
O resultado? Impressionante. Após os EPs Mais do Que Eu Sei Falar e Revisitar, respectivamente lançados em 2020 e 2021, o grupo finalmente lançou seu primeiro áudio de estúdio, sob o selo Rockambole (O Grilo, Daparte, AQUINO).
NÃO LEVE A MAL foi lançado no dia 18 de julho de 2024 sob a expectativa dos fãs do quarteto, que conta com Diego Vargas no teclado e sintetizador, Guilherme Cunha no baixo, Lucas Teixeira na bateria e Marina Reis no vocal. Misturando muitos estilos como R&B, jazz, pop, rock psicodélico e indie rock, uma curiosidade é que o baterista da PLUMA também faz parte da conhecida banda O Grilo, parceira do quarteto de Marina.
Além de participarem do mesmo selo, os grupos fazem muitos eventos juntos - além do Pedro (vocalista d’O Grilo), ter auxiliado na composição de algumas faixas cantadas por Marina, incluindo “Plano Z”, presente no disco.
Ao contrário do que muitos acham, a banda não é tão amadora assim, já tendo tocado em palcos grandes como os do Nômade Festival e Balaclava Fest em São Paulo, no Primavera Sound de Barcelona - e na falecida edição paulista.
Contando com os singles “Corrida!” e “Não Leve a Mal”, as 12 faixas cativantes entregam uma energia única, transformada em sons psicodélicos e numa melodia que te faz relaxar, tal como uma massagem terapêutica. As composições carregam muitas reflexões à época de pandemia, quando o disco começou a ganhar vida.
Fugindo do convencional, a banda dispensa a guitarra e a troca pelo sintetizador, o que faz com que seja criada uma identidade muito única para o quarteto. Os vocais marcantes de Marina Reis conquistam qualquer um, além do sintetizador hipnotizante de Dizzy (Diego).
Com o projeto disponível, a banda já realizou alguns shows em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Confirmada como uma das atrações do Lollapalooza Brasil, que tem sua realização em marco deste ano, a ideia é fazer o máximo de datas possíveis para levar essa vibe diferenciada para novos e velhos fãs.
O futuro de PLUMA é promissor, os colocando como novos nomes a serem observados para o futuro da música nacional.