Destrinchando Twenty One Pilots – pt. 1
Celebrando a primeira grande turnê do ano em solo nacional, conheça um pouco mais do duo e as razões pelo seu sucesso
No cenário musical, poucos nomes carregam tanta intensidade e complexidade quanto o Twenty One Pilots. Combinando uma mistura única de rap, rock e elementos eletrônicos, a banda se tornou um fenômeno global. Em suas faixas, Tyler Joseph e Josh Dun não apenas exploram os altos e baixos da mente humana, mas nos convidam a caminhar ao lado deles por essa jornada turbulenta, cheia de metáforas e reflexões profundas.
Neste artigo, vamos destrinchar as raízes desse trabalho icônico, entender suas mensagens e como ele moldou a essência do Twenty One Pilots que hoje conhecemos.
Columbus, Ohio. 2009. Tyler Joseph (vocal), Nick Thomas (guitarra) e Chris Salih (baterista), davam início ao Twenty One Pilots. O nome da banda teve origem através da peça de Arthur Miller, “All My Sons” (Todos os Meus Filhos). A trama aborda um homem que se suicida após causar a morte de 21 pilotos durante a Segunda Guerra Mundial, ao enviar deliberadamente peças defeituosas para as aeronaves, priorizando os interesses de seu negócio. Tyler explicou que essa história foi a principal inspiração para o nome da banda.
“O engenheiro acaba enviando as peças defeituosas que causam a morte de vinte e um pilotos. Seu filho era um dos pilotos. Não havia nenhuma evidência para provar que ele estava diretamente relacionado, mas sua filha o culpava pela morte do irmão. Ele acabou cometendo suicídio no final da peça. Eu sinto que todos nós somos encurralados constantemente encontrando onde as decisões que beneficiam o agora vão ter consequências no amanhã, mas a decisão que pode parecer dura poderá ser a mais gratificante. Qual é o nosso propósito para tocar música? Estamos constantemente nos fazendo essa pergunta. A resposta pode mudar o tempo todo, mas por agora ficamos com algo tão simples como “queremos que as pessoas pensem.”, diz Tyler.


O duo hoje composto por Tyler Joseph e Josh Dun, teve seu álbum de estreia autointitulado Twenty One Pilots – ou Self Titled – sendo o primeiro álbum de estúdio lançado de forma independente em 29 de dezembro de 2009, vendendo 115 mil cópias e, alguns anos depois, atingindo o número 139 na Billboard 200, é o único trabalho da banda que apresenta a formação original. O álbum apresenta faixas marcantes como “The Pantaloon”, “Oh Ms Believer”, “Johnny Boy”, “Air Catcher” e “Taxi Cab” que sinalizam o começo de um grande conceito para a banda. Com 1 hora e 2 minutos de duração e 14 faixas, o álbum mergulha em temas profundos como fé, saúde mental e autodescoberta, tecendo metáforas que convidam à reflexão e à introspecção, ressaltando os períodos de caos da juventude de Joseph.
O álbum inicia-se com um piado comovente, apresentando aos ouvintes “Implicit Demand for Proof” – uma música melódica que evolui de maneira angustiante. A faixa questiona provas da existência de Deus, seu poder e sua presença – tema que é explorado ao longo do disco. Seguindo com "Fall Away" – que, em tradução livre, vem do verbo "perder" ou "desaparecer", sugerindo a ideia de "perder o controle" ou "não deixar a luz se apagar" – a banda narra uma tentativa desesperada de se agarrar à fé, usando a religião como uma âncora para enfrentar os turbulentos desafios da saúde mental.
Eu estou morrendo e tentando
Mas acredite em mim, eu estou bem
Mas eu estou mentindo, eu estou muito longe de estar bem
Enquanto "Addict with a Pen" soa como um desabafo íntimo de Tyler Joseph, em que ele questiona, mais uma vez, sua relação com Deus, confessando seus pecados e implorando por redenção, "Friend, Please" apresenta a outra face do álbum. Nesta faixa, Tyler relata uma conversa com um amigo que luta contra pensamentos suicidas, tentando convencê-lo de que sua vida ainda tem valor e merece ser vivida. O disco continua com “March to the Sea”, “Before Your Start Your Day", “A Car, a Torch, a Death”, – que conta histórias enigmáticas e simbólicas, abordando temas delicados de saúde mental de maneira sensível e não pragmática. Com sua transparência sobre o assunto, a banda revelou ao mundo uma nova faceta musical, mais emotiva e conectada com os ouvintes.
Continuando com “Trapdoor”, a banda retrata um personagem exausto da vida, que enfrenta a solidão de lidar com a depressão de forma isolada. A banda nos transporta para um cenário cinematográfico, onde a dor da narrativa se torna palpável, e é possível sentir a transparência e a intensidade de seus sentimentos. O alçapão que dá nome à música remete à forca, onde as pessoas eram executadas por enforcamento. Essa imagem serve como uma metáfora para a situação desesperadora do protagonista, que, ao estar morrendo simbolicamente, continua a fingir que está bem. Além disso, há quem interprete o alçapão como uma referência a um truque de mágica, no qual o mágico utiliza o mecanismo para fazer alguém desaparecer. Nesse contexto, ele simbolizaria a ignorância das pessoas em relação à doença mental, uma condição não visível, onde todos veem o "truque", mas ninguém revela que, na verdade, não há magia alguma, apenas a falsidade de uma fachada que oculta a dor real.


As músicas do Self-Titled estão profundamente ligadas a diversos elementos que a banda utiliza atualmente em seus shows ao vivo, como o momento em que Tyler Joseph desaparece após cair em um alçapão, surgindo novamente na plateia. Além disso, as máscaras – um dos símbolos mais marcantes da banda – também fazem parte dessa conexão entre o álbum e a performance ao vivo. Esses elementos, que ganham vida no palco, se tornam uma extensão da narrativa e das emoções que transmitem, adicionando camadas à experiência musical e visual.
Já “Isle Of Flightless Birds” encerra o disco explorando temas como solidão, busca por identidade e a sensação de estar preso em um ciclo sem fim, a música retrata uma jornada interna de auto descoberta, onde o personagem se sente perdido e desorientado, como se estivesse vivendo em uma ilha isolada, sem direção. Isso pode ser interpretado como uma metáfora para a sensação de impotência ou de estar preso em uma situação sem saída. Por fim, a música carrega uma sensação de resignação misturada com esperança.
E por favor, pense sobre o porquê você não pode dormir na noite
E por favor, não tenha medo do que a sua alma está realmente pensando
Sua alma sabe o bem e o mal, sua alma sabe ambos os lados
E é hora de você escolher suas batalhas, e eu prometo que esta é a minha
Antes de conquistar grandes paradas e lotar estádios, o início da banda foi humilde e visceral. Entre os lançamentos do Self-titled e o Vessel, houve o Regional at Best — um álbum independente que, sem grandes pretensões comerciais, se tornou a alma do que viria a seguir, mas infelizmente não está disponível nas plataformas de streaming.
Vessel, o segundo álbum de estúdio, se difere do anterior, sendo o primeiro lançamento com a gravadora Fueled By Ramen. Lançado em 2013, o disco foi responsável por mudar completamente o rumo do duo na indústria musical. Possuindo faixas recicladas do Regional At Best – um “sucesso regional, na melhor das hipóteses”, disco independente lançado pela banda em julho de 2011. Vessel possui faixas memoráveis como “Holding on to You”, “House of Gold", “Guns For Hands", “Screen”, “The Run and Go" e “Truce”. Com 47 minutos de duração, o disco é lembrado não só pela força de suas faixas, mas também por sua capa emblemática, onde são retratados dois senhores – nada menos que os avôs de Josh e Tyler, Earl Dun e Robert Joseph.
O nome do álbum, que em tradução literal significa "recipiente", carrega um conceito alinhado com a mensagem da banda. Segundo Tyler, o nome faz referência ao corpo como um receptáculo que guarda algo mais profundo e significativo do que a mera aparência exterior. Característico por suas composições íntimas acerca de assuntos que vão desde valorização da vida, saúde mental, fé e religião. O disco segue um padrão muito linear, com faixas carregadas em conceitos e bastante concisas, onde a produção do trabalho é responsável por levar o ouvinte a uma viagem de sonoridades – mas sem perder o seu ritmo e objetivo.
Um fato curioso é que, ao assinarem o contrato com uma gravadora, Tyler e Josh acreditavam na possibilidade de perder a “liberdade artística”. O resultado é um passo em direção a uma obra grandiosa que, com o tempo, daria origem a uma base de fãs leais, que se prendem a cada significado profundo nas composições de Joseph.
“Do nada, tivemos uma dúzia de gravadoras interessadas em nossa pequena banda local, nos pegando completamente desprevenidos. Tínhamos perguntas: Perderíamos o controle criativo? Seríamos transformados em algo que não somos? Podemos continuar fazendo o que estamos fazendo, do jeito que estávamos fazendo? Estamos nos vendendo? Encorajados pelas respostas a essas perguntas, assinamos um contrato de gravação chamado Fueled By Ramen. Um contrato de gravação!" - Tyler Joseph
O álbum responsável por abrir portas, foi o primeiro disco da banda a entrar na Billboard 200, alcançando a posição 58 durante a semana de lançamento. Além disso, foi certificado como Ouro pela RIAA (Recording Industry Association of America) em 2015, devido às 500.000 unidades vendidas nos Estados Unidos. Já em 2017, o álbum foi certificado Platina, com 1 milhão de cópias vendidas. O disco que possui todas suas canções certificadas, trouxe oportunidades como festivais e eventos icônicos, incluindo o Lollapalooza, uma turnê mundial e uma performance marcante no MTV Movie Awards de 2014.
O disco também conta com faixas como “Ode to Sleep” - faixa de abertura do álbum, que simboliza a oposição entre uma luta interna e a busca pelo alívio. Os versos são repletos de um tom sombrio e cheio de conflitos, da mesma forma que Tyler descreve suas noites. O pré-refrão, o refrão e o final compartilham um tom alegre, no qual Tyler canta sobre vencer a noite e a depressão que ela provoca.
“A razão pela qual essa é a primeira música do álbum é que eu sinto que ela meio que prepara o ouvinte para o resto do álbum, quase o coloca em um campo de treinamento para saber o que esperar... Ou seja, não espere nada!” - Tyler Joseph via Rock Sound
O vídeo da música foi lançado na véspera do Ano Novo de 2014. e retrata a ascensão da banda à fama, começando com seu primeiro show e terminando com uma apresentação em um local com 12.000 fãs.
Em “Semi-Automatic”, também vemos Tyler trabalhar com essa polaridade de sentimentos, se apresentando como duas pessoas diferentes – tão diferentes quanto a noite e o dia: a noite representando o lado sombrio de si, enquanto o nascer do sol lhe dá o controle. O disco segue um conceito claro e uma linha narrativa, onde quase todas as músicas fazem referência à noite de alguma forma.
“É uma música diferente da maioria das outras. É uma melodia bem saltitante, com som alegre e tudo mais. [...] Por que não consigo fazer o que quero fazer? E por que sempre faço o que não quero fazer?” - Tyler via entrevista
Considerada por Tyler como uma das suas maiores realizações líricas, “Migraine” mergulha o ouvinte em um turbilhão mental, onde pensamentos confusos e intensos se entrelaçam e se multiplicam, como uma enxaqueca emocional. A música também faz metáfora para a migrânea – uma doença neurológica caracterizada por uma dor de cabeça latejante, que pode ser causada por estresse ou emoções muito fortes.
“Eu-eu-eu-estou com enxaqueca
E minha dor vai variar de cima, de baixo e dos lados
Graças a Deus é sexta-feira porque as sextas-feiras serão sempre melhores do que os domingos
Porque os domingos são meus dias de suicídio.”
O cantor explica que a dor de cabeça, por si só, não é necessariamente um problema, mas a enxaqueca funciona como um alarme, indicando que algo está errado dentro de sua mente. Essa tensão entre o desejo de escapar da dor e a impotência diante de como fazê-lo é um dilema universal, compartilhado por muitos que enfrentam os labirintos da saúde mental.
“Escrevi a poesia muito antes de escrever a música para ela. Você pode se sentir mal quando escreve a poesia primeiro e depois se apaixona pela maneira como disse essa coisa. Depois, você se preocupa com a parte da música que vai acompanhá-la e a protege muito, quase a defende. Estou muito animado por ter encontrado a música certa para ela e é uma das minhas favoritas para tocar ao vivo.” - Tyler sobre Migraine
O grande sucesso "Car Radio" é uma música profundamente introspectiva, que remonta a uma experiência vivida pelo vocalista Tyler Joseph durante a faculdade. Quando o rádio de seu carro foi roubado, ele se viu confrontado com o silêncio absoluto, o que o levou a refletir sobre os labirintos mentais que se desvendam quando não há mais nada para distrair a mente.
"Quando entrava no carro, minha primeira reação era ligar o rádio e, por um tempo, não consegui fazer isso e descobri que, depois de remover essa parte de mim, percebi que, às vezes, a música pode funcionar como uma distração e atrapalhar o caminho que sua mente quer seguir.”
Na faixa, o silêncio é retratado não apenas como uma ausência de som, mas como algo que, em sua intensidade, pode se tornar quase violento, uma força implacável que força a mente a se confrontar com seus próprios pensamentos mais perturbadores.
“Eu diria que é uma das minhas favoritas, mas, honestamente, minha música favorita é sempre aquela em que estou trabalhando... mas o que eu gosto nela é que não há uma estrutura semelhante a qualquer outra música que eu tenha ouvido antes, no sentido de que não há refrão. Mas ela faz sentido para mim. Eu realmente não me lembro de ter tomado decisões sobre o que deveria acontecer nessa música. Ela simplesmente aconteceu... Acho que a parte mais difícil da composição é que você começa a se questionar. Aprendi que uma boa composição tem tudo a ver com o fato de você se deparar acidentalmente com uma nova ideia e ter o bom senso de persegui-la e ir atrás dela. E acho que “Car Radio” é um exemplo perfeito disso…” – Ressalta Tyler durante uma entrevista.
“Trees”, por sua vez, é a música mais antiga escrita para o Vessel. Joseph explica em uma entrevista, que a letra original foi inspirada em um evento de sua vida em que ele estava procurando algo na floresta – a mensagem final, ele explica, é uma busca pela verdade. A música é um marco nos shows da banda, sendo o ato de encerramento.
O Blurryface, por sua vez, marcou o retorno triunfal do Twenty One Pilots à indústria musical. Sendo o álbum de rock mais vendido da década, o disco, lançado em 2015, estreou em primeiro lugar na Billboard, mantendo-se no Top 10 por cerca de 250 semanas. Ainda no mesmo ano, a dupla de Ohio foi certificada como Platina pela RIAA (Recording Industry Association of America), devido às 1 milhão de unidades vendidas nos Estados Unidos. O trabalho conta com singles marcantes, como "Fairly Local", “Stressed Out", “Ride", “Tear In My Heart", "Heavydirtysoul" e “Lane Boy".
Em 2017, Blurryface foi certificado 3x Platina e trouxe para o duo seu primeiro Grammy. A banda, indicada em duas categorias na premiação, foi a vencedora em Melhor Performance Duo/Grupo de Pop por "Stressed Out", fazendo com que Tyler Joseph e Josh Dun subissem ao palco de cueca para receber o prêmio – a história por trás da fatídica cena de comédia ocorreu devido a uma aposta, já que eles sempre assistiam o GRAMMYs de cueca juntos! Recentemente, um dos singles de maior sucesso do disco “Ride” foi certificado diamante nos Estados Unidos por 10 milhões de cópias vendidas, além disso, a Billboard elegeu Blurryface como 40° maior álbum do século.
O conceito por trás de Blurryface, por outro lado, vai além do humor. O personagem principal da trama — cujo nome, em tradução literal, significa "cara embaçada" — funciona como uma profunda metáfora para retratar as inseguranças, a ansiedade e a depressão, abordando a saúde mental de maneira intensa. O personagem conta com características marcantes: a tinta preta, visível no pescoço e nas mãos de Tyler durante as performances ao vivo, é a representação mais proeminente, simbolizando o alter ego sombrio do vocalista. Além disso, em várias faixas do álbum, Blurryface se manifesta através da voz de Joseph, utilizando uma tonalidade mais grossa, o que confere uma presença ainda mais marcante e sombria à sua figura dentro da narrativa musical.
“As inseguranças me dão uma sensação de sufocamento e também sou inseguro sobre o que crio… e eu crio com minhas mãos, sei que é muito dramático, mas me ajuda a entrar no personagem” – Tyler Joseph
Já o baterista da banda, Josh, durante grande parte da era Blurryface, adotou um traço simbólico para representar o personagem: uma mancha vermelha ao redor dos olhos. Essa particularidade servia para externar, de maneira visual, os impactos das inseguranças e lutas pessoais. Essas características não apenas destacavam a figura do personagem, diferenciando-o dos próprios artistas, mas também adicionavam uma camada de conceito ao álbum, onde Blurryface deixava de ser uma metáfora e passava a ser uma entidade separada, possuindo suas próprias peculiaridades, dialogando com os ouvintes de maneira única e tornando o álbum completamente imersivo.
O disco também inclui faixas como "Hometown", "Message Man", "Polarize" e "We Don’t Believe What’s On TV", que exploram temas como a cidade natal da dupla, as questões envolvendo a indústria musical, e aspectos do relacionamento de Tyler com seus irmãos e sua esposa, Jenna Joseph.
“Havia um tipo de abordagem em que nós nos perguntávamos: devemos tentar escrever um hit para o rádio ou devemos tentar escrever uma música que nossos amigos de casa gostem ou que nosso irmão mais novo ache legal?” – Josh Dun
Rodeado de incertezas e inseguranças, o Twenty One Pilots se consagrou como uma das maiores bandas da década. O sucesso estrondoso da música “Stressed Out”, que alcançou bilhões de streams nas plataformas de streaming, fez com que o mundo acompanhasse de perto a narrativa da dupla norte-americana. O estilo único da banda, conquistou uma base de fãs enorme e fiel, conhecida como "Clique".
Já a turnê mundial de Blurryface, a "Emotional Roadshow Tour", garantiu grande sucesso, com shows lotados ao redor do mundo, uma setlist elaborada e um espetáculo ricamente construído. A dupla se consagrou com uma performance espetacular, chegando a visitar o Brasil em 2016, no festival Lollapalooza. A turnê foi indicada ao Billboard Touring Awards e se destacou pelo enorme sucesso comercial e pela produção visual impactante.
Atualmente, o disco ultrapassa a marca de 1 bilhão de streams no Spotify, enquanto o videoclipe de "Stressed Out" já acumula mais de 3 bilhões de visualizações no YouTube.
A cada novo lançamento, Twenty One Pilots continua a se reinventar, trazendo uma narrativa envolvente e profunda, abordando temas de saúde mental de forma sensível e cuidadosa, oferecendo aos fãs um apoio emocional genuíno, criando uma conexão profunda e imersiva com o público através de suas letras impactantes e melodias marcantes a banda se compromete a criar uma experiência única, conectando-se diretamente com a vivência de cada fã.










